segunda-feira, 7 de junho de 2010

Filme "Os miseráveis": espaço da crítica

"Adaptação da obra de Victor Hugo. A história é ambientada na França do início do século XIX, em meio à crise, à fome e à revolução. Liam Neeson vive Jean Valjean, um homem que roubou um pedaço de pão para alimentar a família e recebeu 20 anos de prisão. Ele foge, consegue nova identidade, reconstrói sua vida e passa a ser prefeito do vilarejo de Vigau. Mas o inspector Javert (Geoffrey Rush) continua atrás dele, ameaçando tudo o que conseguiu. O drama também se estende a outras personagens: Uma Thurman está no papel de Fantine, uma mulher marginalizada por ter uma filha ilegítima, Cosette, que será adotada por Valjean e mais tarde terá um romance com um revolucionário."

Estrelando:  Liam Neeson, Geoffrey Rush, Uma Thurman, Claire Danes, Hans Matheson, Reine Brynolfsson, Peter Vaughan, Mimi Newman.
Dirigido por:  Bille August

disponivel em: 
http://br.cinema.yahoo.com/filme/8289/sinopse/osmiseraveis


domingo, 28 de março de 2010

I-Juca Pirama, de Gonçalces Dias

I


No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.



São rudos, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!





As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,

As armas quebrando, lançando-as ao rio,

O incenso aspiraram dos seus maracás:

Medrosos das guerras que os fortes acendem,

Custosos tributos ignavos lá rendem,

Aos duros guerreiros sujeitos na paz.





No centro da taba se estende um terreiro,

Onde ora se aduna o concílio guerreiro

Da tribo senhora, das tribos servis:

Os velhos sentados praticam d’outrora,

E os moços inquietos, que a festa enamora,

Derramam-se em torno dum índio infeliz.





Quem é? — ninguém sabe: seu nome é ignoto,

Sua tribo não diz: — de um povo remoto

Descende por certo — dum povo gentil;

Assim lá na Grécia ao escravo insulano

Tornavam distinto do vil muçulmano

As linhas corretas do nobre perfil.





Por casos de guerra caiu prisioneiro

Nas mãos dos Timbiras: — no extenso terreiro

Assola-se o teto, que o teve em prisão;

Convidam-se as tribos dos seus arredores,

Cuidosos se incubem do vaso das cores,

Dos vários aprestos da honrosa função.





Acerva-se a lenha da vasta fogueira

Entesa-se a corda da embira ligeira,

Adorna-se a maça com penas gentis:

A custo, entre as vagas do povo da aldeia

Caminha o Timbira, que a turba rodeia,

Garboso nas plumas de vário matiz.





Em tanto as mulheres com leda trigança,

Afeitas ao rito da bárbara usança,

O índio já querem cativo acabar:

A coma lhe cortam, os membros lhe tingem,

Brilhante enduape no corpo lhe cingem,

Sombreia-lhe a fronte gentil canitar,




domingo, 28 de fevereiro de 2010

O gato preto - Edgar Allan Poe

 
Para a muito estranha embora muito familiar narrativa que estou a escrever, não espero nem solicito crédito. Louco, em verdade, seria eu para esperá-lo, num caso em que meus próprios sentidos rejeitam seu próprio testemunho. Contudo, louco não sou e com toda a certeza não estou sonhando. Mas amanhã morrerei e hoje quero aliviar minha alma. Meu imediato propósito é apresentar ao mundo, plena, sucintamente e sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Pelas suas conseqüências, estes acontecimentos, me aterrorizaram, me torturaram e me aniquilaram. Entretanto, não tentarei explicá-los. Para mim, apenas se apresentam cheios de horror. Para muitos, parecerão menos terríveis do que grotescos. Mais tarde, talvez, alguma inteligência se encontre que reduza meu fantasma a um lugar comum, alguma inteligência mais calma, mais lógica, menos excitável do que a minha e que perceberá nas circunstâncias que pormenorizo com terror apenas a vulgar sucessão de causas e efeitos, bastante naturais.

Salientei-me desde a infância, pela docilidade e humanidade de meu caráter. Minha ternura de coração era mesmo tão notável que fazia de mim motivo de troça de meus companheiros. Gostava de modo especial de animais e meus pais permitiam que eu possuísse grande variedade de bichos favoritos. Gastava com eles a maior parte do meu tempo e nunca me sentia tão feliz como quando lhes dava comida e os acariciava. Esta particularidade de caráter aumentou com o meu crescimento e, na idade adulta, dela extraia uma de minhas principais fontes de prazer. Àqueles que tem dedicado a afeição a um cão fiel e inteligente pouca dificuldade tenho em explicar a natureza ou a intensidade da recompensa que daí deriva. Há qualquer coisa no amor sem egoísmo e abnegado de um animal que atinge diretamente o coração de quem tem tido freqüentes ocasiões de experimentar a amizade mesquinha e a fidelidade frágil do simples Homem.

(... continua...)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

"Ói nóis aqui travez!!!"*



De volta a ativa, pós-férias que sempre parecem mais curtas do que realmente foram, a gente vai levando... Este ano teremos novidades, novas turmas e alunos circulando pela área: 2º ano de Música, Edificações e Trânsito; 4º ano de Trânsito e Edificações. Permanecem os alunos de Mineração, agora no 3º ano... E claro todos os meus "queridos" que agora estão no 3º ano e conseguiram se livrar de mim (rs).
2010 promete! Começa meu doutoramento na UnB, a Oficina de Literatura continua com tudo em cima, o projeto do blog tomando força (espero que consigamos dar um corpo a esse espírito que vaga pelas páginas da net!), muitos projetos e trabalho, etc, etc...
A todos que chegam, bem vindos! Aos que permanecem, que bom tê-los! Aos que foram, sigam bem!


Abraço carinhoso


Deusa Castro


* o título desta postagem faz referência à célebre frase de Didi, comediante genial, nos episódios de Os trapalhões... Recuperando a boa e velha oralidade, a frase diz muito do povo brasileiro (do qual, com orgulho e críticas, faço parte!!) que resiste bravamente, ano após ano.




domingo, 7 de junho de 2009



Reforma Ortográfica com humor...