sexta-feira, 29 de maio de 2009

Aposta Indecente



“A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi o primeiro romance do Romantismo brasileiro, escrito em 1844. Macedo, nascido aos 24 de junho de 1820 em Itaboraí (município do Rio de Janeiro), inaugura o chamado romance urbano, aquele que tem como cenário a cidade grande. Em "A Moreninha" narra a história típica do movimento romântico: “o amor entre dois jovens terá que vencer obstáculos antes de se realizar”.
O dia de Sant’Ana se aproxima na cidade do Rio de Janeiro, e Felipe (estudante de medicina) convida seus amigos Augusto, Leopoldo e Fabrício a passar o fim de semana em uma ilha na casa de sua avó D. Ana.
Todos concordam exceto Augusto, que acaba cedendo ao saber de um baile em que estarão presentes as primas de Felipe: Joana e Joaquina e sua irmã, D. Carolina, - como é referida - uma moreninha de 14 anos.
A narrativa gira em torno de uma aposta entre os amigos, em que Augusto, confessando sua inconstância no amor, diz ser incapaz de se apaixonar por uma mesma garota por mais de três dias. Porém Felipe propõe um desafio; caso Augusto se apaixone por mais de quinze dias por uma mesma mulher ele terá de escrever um romance confessando tal acontecimento, caso contrário, Felipe é o quem escreverá. O romance "A Moreninha" é o fruto dessa aposta.
Quando criança, Augusto relata que jurou amar eternamente uma menina cujo nome ignora e fica inconstante em seus amores, até que conhece Carolina, pela qual apaixona e persegue. Porém, a tal promessa representa um obstáculo a ser vencido.
A obra possui uma linguagem simples, com expressões típicas da década de 1840. São bem representados os costumes da sociedade carioca e da classe dos estudantes, da qual Macedo fazia parte nesse período.
Com suas obras Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil em seu tempo. Estas apresentam todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais:descrição dos costumes da sociedade, pequenas intrigas de amor e mistério, moças ingênuas e puras, jovens estudantes idealizados, final feliz.
Considerado por muitos críticos como um romance apenas curioso e somente importante do ponto de vista histórico, é uma obra que vem atravessando as décadas e continua atingindo um público diversificado mais de cem anos depois, convertido para a televisão, cinema, histórias em quadrinhos.
A trama em si é bastante chamativa, nos causa uma sensação de alivio ao fim de todos os conflitos, com a vitória do amor. A linguagem também facilita, requerendo do leitor apenas um pouco mais de atenção. No mais recomendo a leitura, pois nos leva a acreditar no amor já bastante esquecido na época em que vivemos.

Priscila Martins Oliveira / 2º ano Mineração

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sobre comentários

Gente,

Comentários são bem vindos, mas só serão publicados aqueles que forem assinados... No post da resenha do livro Viagem ao centro da terra, muitos comentários apontaram o texto como cópia da Wikipédia, o que não é verdade: eu mesma conferi.
Há alguns pontos de contato entre essa resenha e o texto da Wikipédia. Acredito, realmente, que o autor deveria ter citado a fonte pesquisada, mas o texto é muito melhor que o da wiki...
Outras resenhas serão publicadas, espero as críticas (assinadas) de todos vocês!!
abço
Profª Deusa